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MINISTRAR A PALAVRA

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Eu e minha esposa.

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

UMA VEZ SALVO SALVO PARA SEMPRE?????? (SERÁ)

Uma vez salvo, salvo para sempre?!



Perguntaram a um pregador:
— O irmão é calvinista ou arminianista?
— Depende do público — respondeu. — Se os ouvintes forem teólogos, sou calvinista. Se forem leigos, prefiro ser arminianista...

Calvino acreditava na predestinação incondicional, teoria pela qual ele defendia cinco pontos principais:

Eleição incondicional. De acordo com Calvino, Deus teria escolhido certos indivíduos para a salvação, antes da fundação do mundo. Tais eleitos, de modo soberano, são conduzidos a uma aceitação voluntária a Cristo. Quanto aos não-eleitos, já estariam condenados ao sofrimento eterno desde o útero!

Expiação restrita. A obra expiatória de Cristo teria sido realizada apenas em prol de alguns eleitos, e não por toda a humanidade.

Graça irresistível. O calvinismo afirma que o Espírito Santo chama os eleitos internamente, em seus corações, e os leva à salvação. Tal chamado não estaria limitado ao livre-arbítrio; é o Espírito quem, pela graça, conduz o eleito a crer e se arrepender.

Incapacidade total. Em decorrência do pecado, o homem teria perdido a capacidade de crer no evangelho. Ele possui a faculdade da volição, o livre-arbítrio, porém a sua vontade não é livre, na prática, haja vista estar presa à sua natureza decaída.

Impossibilidade de perda da salvação. Todos os escolhidos por Deus, pelos quais Jesus teria morrido, estariam eternamente salvos, haja o que houver. Eles, por conseguinte, perseverarão até o fim, não por sua própria vontade, mas por obra do Espírito Santo em seus corações.

Já Armínio afirmava que, apesar do pecado ter afetado seriamente a natureza humana, o homem não foi deixado em um estado de total impotência espiritual. Para ele, a eleição de certos indivíduos baseia-se na presciência de Deus, conhecimento prévio de que os eleitos corresponderão ao seu chamado. Acreditava que a obra de Cristo não assegurou efetivamente a salvação de ninguém.

É claro que Calvino e Armínio tinham razão em alguns pontos que defendiam. Mas, se você está se firmando na teologia desses homens falíveis, receio que esteja em um terreno movediço. Se você tem travado longos debates para defender o pensamento deles, esqueceu-se de que “... toda carne é como erva, e toda a glória do homem, como a flor da erva. Secou-se a erva, e caiu a sua flor; mas a palavra do Senhor permanece para sempre. E esta é a palavra que entre vós foi evangelizada” (1 Pe 1.24,25).

CARO CALVINO, PERMITA-ME DISCORDAR

Segundo as Santas Escrituras, a escolha para a salvação foi, primeiramente, coletiva — Deus elegeu em Cristo o seu povo (Ef 1.4,5; 1 Pe 2.9). Daí Jesus ter dito: “... edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela” (Mt 16.18). Isso significa que o Corpo de Cristo foi escolhido antes da fundação do mundo. Não houve, pois, a eleição de uns indivíduos para a salvação e de outros para a perdição.

Não existe eleição individual? Na verdade, o plano de salvação abrange todos os indivíduos que vão sendo incluídos na Igreja por meio da fé na obra de Cristo, como lemos em Atos 2.47: “... acrescentava-lhes o Senhor, dia a dia, os que iam sendo salvos” (ARA). A Igreja já foi eleita, porém ainda há lugar para mais pessoas nesse Corpo: “... quem quiser tome de graça da água da vida” (Ap 22.17).

Jesus enfatizou que a eleição individual é para quem aceita o seu chamamento geral para a salvação (Mt 11.28-30). Ao afirmar que “... muitos são chamados, mas poucos, escolhidos”, Ele revelou que, das multidões que ouvem o Evangelho, apenas uma parte o segue (Mt 22.14).

De acordo com Efésios 1.5, o Senhor “... nos predestinou para filhos de adoção por Jesus Cristo, para si mesmo, segundo o beneplácito de sua vontade”. No entanto, quando os indivíduos se tornam efetivamente filhos de Deus e parte integrante do povo eleito? A resposta está em João 1.12: “... a todos quantos o receberam deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus: aos que crêem no seu nome”.

A Palavra de Deus menciona, ainda, a eleição individual de alguns homens para o ministério. Paulo afirmou que Deus o separou desde o ventre de sua mãe e o chamou pela sua graça (Gl 1.15). O mesmo aconteceu com Davi (Sl 22.10), Jeremias (1.5), Isaías (49.1) e João Batista (Lc 1.15). Contudo, essa escolha soberana do Senhor para o santo ministério não interfere em seu desejo de salvar a todos os seres humanos (1 Tm 2.4).

Essa eleição individual não exclui o livre-arbítrio, uma vez que os homens de Deus mencionados podiam desobedecer à chamada divina. Paulo deixou claro isso ao contar o testemunho de sua conversão ao rei Agripa: “E, caindo nós todos por terra, ouvi uma voz que me falava e, em língua hebraica, dizia: Saulo, Saulo, por que me persegues? (...) Pelo que, ó rei Agripa, não fui desobediente à visão celestial” (At 26.14-19). E se o apóstolo tivesse desobedecido à visão?

JESUS ESCOLHEU "UM DIABO"?

Em Romanos 8.29,30, está escrito que Deus predestinou para a salvação aqueles que conheceu por antecipação: “Porque os que dantes conheceu, também os predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos. E aos que predestinou, a esses também chamou; e aos que chamou, a esses também justificou; e aos que justificou, a esses também glorificou”.

O Senhor conheceu — antes da fundação do mundo — todos os pecadores (Rm 5.8). E, como veremos, à luz das Escrituras, Ele predestinou, em Cristo, toda a humanidade para a salvação (Rm 11.32; 6.23; 2 Pe 3.9). Deus não se vale de sua presciência para salvar ou condenar alguém. Jesus sabia que Judas era “um diabo”; mesmo assim, chamou-o para fazer parte dos doze apóstolos (Jo 6.70).

Deus sempre soube o fim antes do começo (Is 46.10). Contudo, isso não significa que Ele tenha destinado de antemão uns à salvação e outros à perdição. A predestinação está relacionada com o plano redentor idealizado por Deus, o qual se estende a todos os seres humanos que crerem no Senhor Jesus (Jo 3.16).

Por sua presciência, Deus conhece os que o rejeitarão. Mesmo assim, não interfere, uma vez que dotou o ser humano de livre-arbítrio; Ele não viola esse princípio. Embora essa faculdade esteja grandemente prejudicada pelos efeitos do pecado, o homem tem, sim, como veremos, a capacidade de escolher entre o bem e o mal. Ele não é um ser autômato, um robô, um fantoche, mas um ser responsável por seus atos.


NÃO FARIA JUSTIÇA O JUSTO JUIZ?

Deus é justo. Em Atos 10.34, vemos que Ele não faz acepção de pessoas. Abraão até ousou perguntar-lhe: “Não faria justiça o Juiz de toda a terra?” (Gn 18.25). O Justo Juiz, pois, negaria a sua justiça condenando indivíduos ao inferno antes da fundação do mundo?

No Areópago, em Atenas, Paulo anunciou que o Senhor deseja que toda a humanidade se arrependa, pois haverá um juízo para todos os homens (At 17.30,31). Isso significa que todas as pessoas estão predestinadas à salvação. Mas, para receber essa bênção, o homem precisa se arrepender dos seus pecados e crer que o único Mediador é Jesus Cristo (Mc 1.15; 1 Tm 2.5). O nosso Salvador “... quer que todos os homens se salvem e venham ao conhecimento da verdade” (1 Tm 2.4).

Ninguém pode negar que Jesus morreu por todos os seres humanos. Está escrito na Bíblia que Jesus “... é a propiciação pelos nossos pecados e não somente pelos nossos, mas também pelos de todo o mundo” (1 Jo 2.2). E esse “todo o mundo” não é uma alusão a alguns privilegiados eleitos. Não! Deus, em seu plano, desejou salvar a “todos os termos da terra” (Is 45.22). É pelo fato de Jesus ter morrido por todos (Hb 2.9) que o Espírito Santo convence o mundo, e não alguns escolhidos (Jo 16.8-11).

Se a teoria calvinista da predestinação fosse verdadeira, não haveria necessidade de pregarmos o Evangelho, visto que os não-eleitos jamais seriam salvos, mesmo que ouvissem as boas novas de salvação! Entretanto, Jesus mandou pregar e ensinar a todos, em todo o mundo (At 1.8; Mt 28.19). Em Marcos 16.16, o Senhor afirmou: “... quem não crer será condenado”. Ele não teria dito isso se de fato tivesse ocorrido uma eleição incondicional e arbitrária antes que o mundo existisse.

Deus é amoroso. A Palavra do Senhor salienta que o seu amor é infinito e ilimitado (Jo 3.16; Rm 5.7,8). Jesus quer salvar os piores pecadores! Ele os vê como ovelhas que não têm Pastor (Mt 9.36). “Desejaria eu, de qualquer maneira a morte do ímpio? Diz o Senhor Jeová; não desejo, antes, que se converta dos seus caminhos e viva?” (Ez 18.23). Como poderia ter condenado de antemão aqueles a quem Ele mesmo deseja salvar?

Em João 6.51, a mensagem de Jesus foi ainda mais clara: “Eu sou o pão vivo que desceu do céu; se alguém comer desse pão, viverá para sempre; e o pão que eu der é a minha carne, que eu darei pela vida do mundo”. Observe: Jesus ofereceu-se em sacrifício pela vida do mundo. E, quando alguém crê nEle, recebe a vida eterna (Jo 3.36). A Palavra de Deus diz ainda: “... se um morreu por todos, logo, todos morreram” (2 Co 5.14).

NÃO EXISTE LIVRE-ARBÍTRIO?

Os seguidores do calvinismo extremista — um evangelho teologicocêntrico, e não biblicocêntrico — afirmam que o livre-arbítrio ficou praticamente sem efeito depois da entrada do pecado no mundo. Contudo, as Santas Escrituras mostram que Deus, em todas as épocas, antes e depois da entrada do pecado no mundo, respeitou as decisões humanas.

Nos dias de Moisés, Josué e Elias (muito tempo depois da Queda), vemos como Deus desejava que os homens fizessem escolhas: “... te tenho proposto a vida e a morte, a bênção e a maldição; escolhe, pois, a vida, para que vivas, tu e a tua semente”; “... escolhei hoje a quem sirvais...”; “Até quando coxeareis entre dois pensamentos? Se o Senhor é Deus, segui-o; e, se Baal, segui-o” (Dt 30.19; Js 24.15; 1 Rs 18.21).

Em Isaías 1.18, Deus convidou os pecadores a argüi-lo, a fim de que recebessem o perdão de seus mais terríveis pecados, porém deixou claro que respeitaria as suas decisões: “Se quiserdes, e ouvirdes, comereis o bem desta terra. Mas, se recusardes e fordes rebeldes, sereis devorados à espada, porque a boca do Senhor o disse” (Is 1.19,20). O salmista escolheu o caminho da verdade (Sl 119.30) e, sem duvidar, teve segurança para fazer este pedido a Deus: “Venha a tua mão socorrer-me, pois escolhi os teus preceitos” (v. 173).

Em Apocalipse 22.17, no último livro da Bíblia, a água da vida não é oferecida a alguns eleitos para a salvação. Não! Jesus a oferece a quem tem sede e quer tomá-la de graça! Aleluia! Outrossim, o Senhor se importa com aqueles que invocam o seu nome (At 2.21). Por isso, ao pregar a Palavra de Cristo na casa de Cornélio, Pedro afirmou: “A este dão testemunho todos os profetas, de que todos os que nele crêem receberão o perdão dos pecados pelo seu nome” (At 10.43).



Não existe graça irresistível, pois o homem pode, sim, recusar-se a aceitar o chamamento do Senhor (Hb 3.12; 12.25; At 7.51; 13.46). As Escrituras afirmam que Deus está conosco enquanto estivermos com Ele; se o deixarmos, também nos deixará (2 Cr 15.2). Em Hebreus 3.15, está escrito: “Enquanto se diz: Hoje, se ouvirdes a sua voz, não endureçais o vosso coração, como na provocação”.

Mas ai daqueles que resistem à graça. Não serão condenados por estarem predestinados ao inferno. Antes, serão lançados no lago de fogo por resistirem ao Espírito da graça: “De quanto maior castigo cuidais vós será julgado merecedor aquele que pisar o Filho de Deus, e tiver por profano o sangue do testamento, com que foi santificado, e fizer agravo ao Espírito da graça?” (Hb 10.29).

Os seguidores do calvinismo se apegam a passagens isoladas, como João 6.37,44 e 10.29, para afirmar que apenas alguns eleitos são encaminhados pelo Pai a Jesus. Na verdade, tais passagens mostram, à luz do contexto, que até para aceitar a chamada para a salvação, o ser humano precisa de capacitação divina. É Deus quem concede a fé quando o pecador ouve a Palavra (Rm 10.17); e é Ele quem dá a possibilidade de arrependimento (At 11.18). A salvação é pela graça de Deus (Ef 2.8,9).

Não há méritos humanos na salvação. Ninguém pode se gloriar: “Eu sou salvo porque tive fé” ou “Sou regenerado porque eu me arrependi”. Deus pôs na alma humana três faculdades: sentimento, intelecto e vontade. Por elas o homem pode ouvir a mensagem do evangelho, sentir suas misérias e crer para a salvação (Rm 10.9,10; Lc 15.17-19). Em outras palavras, Deus indica o caminho (Jo 14.6) e provê os meios de o homem entrar por esse caminho. E cada indivíduo, de posse desses meios, escolhe entre a vida e a morte (Mt 7.13,14).

UMA VEZ SALVO, SALVO PARA SEMPRE?

Paulo sabia que a manutenção da salvação depende de nossa cooperação (1 Tm 4.16). Por isso, alertou os crentes de Corinto: “Também vos notifico, irmãos, o evangelho que já vos tenho anunciado, o qual também recebestes e no qual também permaneceis; pelo qual também sois salvos, se o retiverdes tal como vo-lo tenho anunciado, se é que não crestes em vão” (1 Co 15.1-2). Note: a manutenção da salvação está condicionada à obediência ao evangelho verdadeiro (2 Co 11.3,4; Gl 1.8).

Em Mateus 23.37, Jesus disse: “Jerusalém, Jerusalém, que matas os profetas e apedrejas os que te são enviados! Quantas vezes quis eu ajuntar os teus filhos, como a galinha ajunta os seus pintos debaixo das asas, e tu não quiseste!” Observe que Jesus quis ajuntar os filhos de Jerusalém, porém ela não quis que Ele assim o fizesse. Isso é livre-arbítrio!

Nenhuma pessoa foi destinada de antemão à condenação (Is 50.2; Ez 18.32). Pedro mencionou falsos doutores que negariam o Senhor que os resgatou (2 Pe 2.1). E, ao final deste capítulo, disse: “Porquanto se, depois de terem escapado das corrupções do mundo, pelo conhecimento do Senhor e Salvador Jesus Cristo, forem outra vez envolvidos nelas e vencidos, tornou-se-lhes o último estado pior do que o primeiro” (v. 20). Isso significa que as pessoas resgatadas, compradas, purificadas pelo sangue de Jesus, justificadas, regeneradas, santificadas e libertas, se não guardarem o que têm recebido do Senhor, perderão a salvação!

Pedro ainda afirmou: “... melhor lhes fora não conhecerem o caminho da justiça, do que, conhecendo-o, desviarem-se do santo mandamento que lhes fora dado” (2 Pe 2.21).Por isso, Jesus alerta-nos: “... guarda o que tens, para que ninguém tome a tua coroa” (Ap 3.11). Temos coroas reservadas para o Tribunal de Cristo, quando seremos julgados mediantes às nossas obras (2 Tm 4.7,8; Ap 2.11), mas também temos uma coroa aqui, pois temos uma posição em Cristo; estamos reinando com Ele em vida (Rm 5.17; 1 Co 4.8; Ap 5.8-10; 1 Pe 2.9,10).

OS ELEITOS PODEM PERDER A SALVAÇÃO?

Aos que se desviam da verdade o Senhor dá tempo para que se arrependam (Ap 2.20,21). Alguns salvos em Cristo, resgatados, infelizmente têm apostatado da fé, “... dando ouvidos a espíritos enganadores e a doutrinas de demônios” (1 Tm 4.1). E não pense que esse texto se refere aos ímpios. Não! Pois eles não têm de que apostatar! Sim, os eleitos podem perder a salvação se não permanecerem em Cristo!

Não é isso que vemos, ao estudar sobre as igrejas da Ásia? Os conselhos para aquelas igrejas abrangeram dois aspectos: arrependimento e manutenção da posição em Cristo. A ordem “Arrepende-te” foi transmitida à maioria (Ap 2.5,16; 3.3,19). Para as outras, o Senhor disse que deveriam guardar, reter, conservar o que tinham, até à morte, para que não perdessem a coroa (Ap 2.10,25; 3.11). O crente que se acomoda, pensando estar salvo para sempre, está iludido e dormindo espiritualmente.

Paulo disse aos seus irmãos em Cristo, em Éfeso: “Desperta, tu que dormes, e levanta-te dentre os mortos, e Cristo te esclarecerá” (Ef 5.14). O pastor da igreja em Sardes estava morto — e não sabia! — e precisava tomar uma posição diante do Senhor (Ap 3.1). Conquanto o Senhor Jesus tenha feito a sua parte, ao nos resgatar, temos de operar ou desenvolver a nossa salvação (Fp 2.12; Ef 2.10; Hb 6.9). Em 2 Timóteo 2.10, está escrito: “... tudo sofro por amor dos escolhidos, para que também alcancem a salvação que está em Cristo Jesus com glória eterna”.

Fomos transportados das trevas para a luz; e da morte para a vida (1 Pe 2.9; Jo 5.24). Contudo, se negarmos o Senhor, Ele também nos negará (2 Tm 2.12; Mt 10.32,33). Os nossos nomes estão registrados no livro da vida, mas isso não autentica a máxima calvinista: “Uma vez salvo, salvo para sempre”. A Palavra de Deus afirma: “O que vencer será vestido de vestes brancas, e de maneira nenhuma riscarei o seu nome do livro da vida...” (Ap 3.5). Ou seja, Jesus não riscará o nome de quem vencer!

O NAVIO E AS CANOAS FURADAS

Há um episódio narrado em Atos 27 que nos serve de ilustração para resumir o que a Palavra de Deus diz sobre a predestinação. Quando Paulo navegava como prisioneiro para a Itália, houve uma grande tempestade no mar (vv. 18-20). Deus, então, enviou um anjo para dizer-lhe que todos escapariam vivos. E Paulo transmitiu a mensagem aos que estavam no navio, estabelecendo uma condição: permanecer na embarcação (vv. 22-31). Conclusão: “E assim aconteceu que todos chegaram à terra, a salvo” (v. 44).

Quando o pecado entrou no mundo, todos os homens foram nivelados ao estado de pecadores (Rm 3.23; 5.12). Deus podia ter posto fim ao “projeto homem”, porém já tinha um plano redentor: “... encerrou a todos debaixo da desobediência, para com todos usar de misericórdia” (Rm 11.32). Em outras palavras, é como se Deus colocasse à disposição de toda a humanidade o “navio da salvação”. Quem entrar nesse navio e permanecer nele até ao fim chegará ao “porto da salvação” (Hb 3.6). Quem quiser pode entrar em outras “embarcações” ou “canoas furadas”.

Contudo, é melhor permanecer no “navio da salvação”, em Cristo! Só há, pois, a segurança da salvação para as ovelhas que permanecerem na mão do Bom Pastor, que disse: “... dou-lhes a vida eterna, e nunca hão de perecer, e ninguém as arrebatará da minha mão” (Jo 10.28). Ninguém pode arrebatar, raptar, o crente da mão de Jesus. Todavia, o crente pode negar a sua fé, seguindo a falsos doutores (2 Tm 4.1-5).

Quem confia cegamente na segurança da salvação, sem santificação e vida de renúncia, pode ser comparado àquelas pessoas que embarcaram no Titanic. Achavam que o navio jamais afundaria... Que engano! Em 2 Coríntios 1.13, está escrito: “Porque nenhumas outras coisas vos escrevemos, senão as que já sabeis ou também reconheceis; e espero que também até ao fim as reconhecereis”. Vigiemos, pois, para que não soframos um “naufrágio na fé” (1 Tm 1.19). Atentemos para a advertência da Palavra de Deus, que diz: “Aquele, pois, que cuida estar em pé, olhe não caia” (1 Co 10.12).

Ciro Sanches Zibordi

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